sábado, 9 de junho de 2012

O Pégaso

  
Era um cavalo feito em lavas
  recoberto de brasas e de espinhos.
                         Jorge de Lima

 ***
  Rebate as patas pela imensidão,
  Firmando-se nas ondas da vaidade.
  Vagueia por entre o céu d'alacridade...
  Na Quimera que alta eleva o chão.

  Instantes das asas, na libertação;
  Das estrelas, ecos da imensidade.
  Firma excelso, vibrando sua deidade.
  O cetro lhe destina alta a canção.
 
  Com o seu ritmo ígneo, p'la coluna,
  Ao tempo, calmo, diz para a sua aluna;
  — Da Vida brilha o séquito de enébrio! —

  Desfaz a Dor; o Obstáculo, a Mudança,
  Enlevando na cura... E sana na dança,
  Com sua aura luzidia de mistério... 
 *** 
Felipe Valle
* Versos decassílabos no ritmo Heroico (6ª e 10ª).

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