A tarde cai na tranquila necrópole,
Tombando a mágoa, calando o ensejo.
Tendo somente, tua lápide — pejo
De ver-te outra vez, mas falta a índole...
Na sensação, que tão acerba se engole,
Curvar-me frente a imagem de almejo;
Senti eu um choque, na face um bafejo,
E desse pesar tomei outro gole.
Nos corredores, nas negras, frias ruas,
Teu leito jaz junto as flores perpétuas;
Que ornam num íntimo terno e profundo.
E maio, rosário feito uma grinalda,
Coroou as núpcias, louvei minh'amada,
Inumar nosso amor foi noutro mundo!
Tombando a mágoa, calando o ensejo.
Tendo somente, tua lápide — pejo
De ver-te outra vez, mas falta a índole...
Na sensação, que tão acerba se engole,
Curvar-me frente a imagem de almejo;
Senti eu um choque, na face um bafejo,
E desse pesar tomei outro gole.
Nos corredores, nas negras, frias ruas,
Teu leito jaz junto as flores perpétuas;
Que ornam num íntimo terno e profundo.
E maio, rosário feito uma grinalda,
Coroou as núpcias, louvei minh'amada,
Inumar nosso amor foi noutro mundo!
* Versos decassílabos no ritmo Provençal / Gaita Galega (4ª, 7ª e 10ª).
Nenhum comentário:
Postar um comentário