quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Versos d'Esperança

                                                                                                                    "À Manoela"



 Tento com estes tétricos meus versos,
  Anuviar-me o espírito contrito,
  E quem sabe alcançar o finito
  Pesar, pela qual jazem submersos;

  Tais medos e delírios universos,
  Segredam da longura ao infinito,
  O quanto longe 'stou do meu espírito!
  Ao logro de enredos, bem emersos...

  A palavra!... Ciciada em teu ouvido,
  Faça valer a vida atentamente!...
  Ah meu Amor, do qu'eu tenho vivido.

  Quisera assim tocar-te o coração,
  Meu ser estar de certo — decadente...
  Pudera abrir-te os olhos — d'ilusão!...

Felipe Valle


  *Versos decassílabos no ritmo Heroico (6ª e 10ª).

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