Eu sei o por que do meu triste silêncio,
Ainda o destino, de tão revolvido,
Se fez distante, impondo seu desígnio,
Quando de longe, compunha decidido;
Triste estigma, tecendo meu suplício,
Fios da miséria, além de emaranhado,
Tolhe o restante, d'um esforço sadio,
Por minhas mãos, e lamento calado...
E assim na linha do tempo, se observa
Entre o abrir, e fechar destas mãos,
Toda uma vida, indo firme a minha cova.
E todo Amor, desta atra trajetória,
No porvir é que terás, destes traços,
Sabido o quanto sofri, sem alegria.
Felipe Valle
Felipe Valle
* Versos decassílabos no ritmo Provençal / Gaita Galega (4ª, 7ª e 10ª).
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