"À Vanessa Luna"
Que a tua estrela continue a brilhar neste céu negro!
Quando badala o céu na vespertina,
Teu olhar à fitar-me ascendente,
Soando mais uma vez no Azul poente,
Desperta da minh'alma uma bolina.
E nesse triste sonho reluzente,
Repica melodiosa! Mui divina
A sonata — tal como bailarina —
Ensaiando um passo indolente...
Eu a seguir-te, cada movimento,
Mirando atentamente o firmamento,
A tão sonhada Vésper portentosa!
Nessas horas de pura admiração,
Meu ser melancólico, então
Morre e rebrota numa pulcra rosa.
Felipe Valle
* Versos decassílabos no ritmo Heroico (6ª e 10ª).
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